Harry Negus-Ross é professor e artista em Londres, no Reino Unido. Com entusiasmo por todos os meios artísticos, ele começou sua carreira quando criança, se apresentando no West End de Londres como ator, cantor e dançarino. Enquanto criava filmes e desenhos, Harry estudou teatro, focando como as artes dramáticas se cruzam com todas as formas de expressão artística. Como artista performático, usou comédia, filme, fotografia, escrita, desenho, pintura, escultura e cenografia para criar sua primeira instalação, que recriou as experiências de diabéticos tipo 1 por meios abstratos. Muitas dessas técnicas foram exploradas por meio de suas extensas viagens ao redor do mundo, onde aprendeu e se conectou com outras culturas, costumes e tradições. Deleitando-se com suas liberdades criativas, Harry se voltou para a educação com o objetivo de ensinar a jovens no Reino Unido o poder de suas expressões artísticas e como a criatividade é uma das ferramentas mais poderosas que alguém pode desenvolver. Junto com seu ensino, seu foco está em seus desenhos de linhas contínuas, que visam replicar os fios de ouro que nos unem.
Nacionalidade: britânico
Residência: Londres,Reino Unido
Ouvindo sobre o projeto e o convite do autor, eu sabia que isso era algo do qual eu queria fazer parte; como um artista que passou a maior parte da vida no palco, sou apaixonado por contar histórias e encontrar ligações entre todos os meios criativos, incluindo literatura, artes, fotografia, moda, performance, música e dança. Ouvindo sobre o projeto e o que a história envolvia, senti que essa seria uma maneira poderosa de contar histórias de amor e liberdade em suas diversas formas.
O processo criativo em que embarquei foi inspirado não apenas pelo meu amor pelo desenho, mas pela minha dedicação à história. Juntei-me ao meu amigo Duccio, o qual conheci no passado em uma de minhas viagens de mochileiro pela Europa com orçamento limitado. Ele ficou mais do que feliz em ser o tema do meu desenho com seu marido, Vito. Ao ver a bela representação dos relacionamentos e identidade LGBTQ+ na narrativa de Verty Society, vi uma oportunidade de usar uma linha contínua para unir dois indivíduos apaixonados. Como professor, sempre encontrei maneiras de criar arte com pouco orçamento, portanto, criei meu trabalho usando caneta esferográfica e papel e, após várias tentativas, encontrei a linha que contava a história mais forte.
Meu estilo de criar arte é bem arriscado; um movimento errado e todo um trabalho é destruído e precisa começar do zero novamente. Embora o meio de desenhos de linhas contínuas enfrente desafios, o significado para mim é mais profundo; é sobre como uma jornada pode criar uma história do começo ao fim e formar uma imagem estática. Quando se trata de representações de relacionamentos LGBTQ+, geralmente há uma atmosfera envolvente de devassidão; o que era importante para mim é que o fato de eles serem dois homens não era o que era importante, é que eles eram duas pessoas apaixonadas.
Espero mostrar como as pessoas LGBTQ+ não são de um planeta diferente, onde há apenas doses de tequila até as primeiras horas da manhã, um medo de compromisso, uma falta de empatia e um foco em cumprir os personagens de estoque esperados delas; parece estranho no século 21 que tenhamos que lembrar à sociedade que muitas pessoas LGBTQ+, especialmente homens gays, estão procurando as mesmas coisas que qualquer outra pessoa: amor, segurança, proteção, confiança, honestidade e assimilação. Embora nem todos tenham os mesmos desejos e necessidades, estou ansioso para fazer parte de um projeto poderoso que, não apenas destaca o trabalho incrível de ativistas e artistas em todo o mundo, mas também mostra a santidade da emoção humana.
O valor mais importante a ser mantido é o compromisso com a autenticidade; ninguém deve mudar para se encaixar em um padrão social ou ter que se encaixar nos estereótipos esperados deles. Seja você, apoie as artes, defenda a honestidade e nunca vacile em seus princípios.
