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by Danilo Zocatelli

Danilo Zocatelli Cesco (1989) é um artista ítalo-brasileiro premiado, radicado em Londres, cuja obra é guiada por uma curiosidade insaciável e um compromisso profundo com a arte como agente de transformação. Inspirado pelas histórias de pessoas, objetos do cotidiano, ecologia, performance, drag e sua identidade queer, Danilo tece narrativas que emocionam e provocam reflexão. Sua prática artística revela histórias poderosas: a resiliência de quem enfrenta o câncer, os silêncios cotidianos de uma prisão feminina, os segredos da dominação, as marcas de crimes de ódio, a resistência da comunidade queer e sua própria busca por reconexão com o pai. A fotografia de Danilo é um ato de descoberta, carregada da mesma emoção que o acompanhou ao deixar o Brasil em 2012. Com uma sensibilidade aprimorada por sua vivência na culinária, ele explora as possibilidades da arte ao combinar fotografia sem câmera, fabricação de papel, escultura, vídeo e som. Sua prática é uma jornada poética para revelar novas perspectivas, sabores, histórias e, sobretudo, a essência humana.

Nacionalidade: Brasileiro / Italiano
Morando em: Londres – UK

  • O que te inspirou a participar do projeto Verty Society?

O que mais me inspirou foi a oportunidade de colaborar em um projeto que une diferentes perspectivas e possibilita a criação de algo genuinamente novo. A ideia de construir uma imagem que nasce do universo de outra pessoa é fascinante, porque é um convite a mergulhar em histórias alheias e transformá-las em arte. Além disso, alcançar um público diversificado com essa proposta criativa foi um grande incentivo.

  • Como foi o processo criativo para desenvolver a sua arte e quanto tempo você se dedicou? Quais desafios você enfrentou ao criar sua obra?

O processo criativo foi uma troca constante entre intuição e análise. Comecei mergulhando nas informações que me foram passadas, buscando pontos de identificação com o personagem. Daí surgiu a ideia de criar uma imagem que refletisse não apenas essa conexão, mas também um pouco da minha própria visão artística. Dediquei tempo ajustando detalhes e explorando nuances visuais que tornassem a obra autêntica e impactante. Curiosamente, não enfrentei grandes desafios técnicos, mas senti a responsabilidade de fazer jus à história e essência da pessoa que inspirou a imagem.

  • Como o seu estilo ou a sua trajetória pessoal influenciaram a obra que você criou?

Minha trajetória sempre foi marcada por um olhar atento às nuances de liberdade, expressão e identidade, e isso transparece na obra. As cores que escolhi, a postura da modelo, os ajustes na edição final e a celebração da queeridade são elementos que definem meu estilo. A obra carrega uma mensagem de autonomia e autenticidade, que são valores presentes em toda a minha caminhada artística.

  • O que você espera alcançar com a divulgação do projeto e da sua arte?

Espero que minha arte inspire as pessoas a ver o mundo de uma maneira mais aberta e criativa. Quero que quem olhar para a obra sinta vontade de explorar suas próprias histórias e expressar sua individualidade. Além disso, desejo que o projeto como um todo alcance um público amplo e motive novas colaborações artísticas.

  • Alguma mensagem especial que você gostaria de deixar para os leitores?

Espero que minha imagem seja um convite para que cada pessoa imagine a personagem (Amanda McCarter) e o universo ao seu redor de uma forma única e pessoal. Minha intenção não é limitar interpretações, mas expandir possibilidades. Que essa obra seja um lembrete de que a arte é um espaço de liberdade, e que a criatividade de cada um pode transformar até mesmo o mais cotidiano em algo extraordinário.